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Jornal DIÁRIO DO NORDESTE
Quarta-feira - 16-02-2000
Fortaleza - Ceará - Brasil
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SAC festeja centenário de nascimento de Hélio Góes Ferreira


    A Sociedade de Assistência aos Cegos (SAC) comemorou ontem o centenário de nascimento de um dos idealizadores daquela instituição, o oftalmologista Hélio Góes Ferreira. Em homenagem ao fundador, suas filhas Carmem Góes Ferreira de Arruda, Maria Lúcia Góes Ferreira de Filgueiras Lima e Helena Menescal de Góes Ferreira descerraram placa comemorativa. Durante o evento foi lançada a publicação em braille “Vamos Conhecer o Tribunal e Nossos Juizes”.

    As comemorações se estenderam por toda manhã. Após a solenidade de abertura os convidados se dirigiram ao auditório do Casarão Rosa onde assistiram a um vídeo, contendo um resumo da história de luta e conquistas empreendidas a favor dos deficientes visuais assistidos pela SAC, desde sua fundação: 1942.

Foto do Jornal DIÁRIO DO NORDESTE
A solenidade contou com descerramento
de placa em homenagem a Hélio Góes,
um dos idealizadores da SAC

    “Em plena 2ª Guerra Mundial, o doutor Hélio Góes e os demais rotarianos fundadores se insurgiram contra a apologia ao ser perfeito e deram vida a este sonho de assistência aos deficientes visuais”, ressaltou a presidente do instituto, Josélia Almeida. O médico oftalmologista e ex-presidente da casa, Waldo de Almeida, lembrou que o início foi difícil mas que em nenhum momento o médico fundador arrefeceu.

    “Naquele tempo os cegos eram apenas pedintes, viviam pelas ruas e estavam acostumados àquela condição.

    Quando foram trazidos para cá, muitos resistiram, precisavam de dinheiro e na rua era onde conseguiam. Então os rotarianos se cotizaram e instituíram uma mesada para eles, mas o trabalho não parou por aí. Hoje, os assistidos têm direito à educação, socialização, profissionalização e à reintegração social”, lembrou.

    O educador Rui Filgueiras Lima, genro do homenageado falou em nome da família e destacou o idealismo do médico Hélio Góes, enaltecendo sua “capacidade de transformar sonhos em obra”. Ele agradeceu a homenagem. Após os discursos houve o lançamento da cartilha transcrita em braille e em seguida uma missa de ação de graças.

    TRABALHO — A Sociedade de Assistência aos Cegos, no Ceará, atende cerca de quinhentas pessoas deficientes visuais e portadoras de visão sub-normal. Entrega ao mercado entre 50 e 60 profissionais por semestre, dentre eles massagistas, telefonistas, operadores de telemarketing, computadores e de câmara escura. Na escola Instituto dos Cegos Doutor Hélio Góes Ferreira, são cento e sessenta alunos que também participam de atividades lúdicas e sociais.


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