Jornal DIÁRIO DO NORDESTE
Quarta-feira - 07-01-2004
Fortaleza - Ceará - Brasil
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SAC
Meta é chegar a 4 mil cirurgias por ano
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Na Sociedade de Assistência
aos Cegos (SAC), o ano de 2004 será marcado por novas parcerias e, conseqüentemente,
muitos transplantes de córneas. |
Para ele, as campanhas são fundamentais, mas a sociedade também precisa dar sua contrapartida para que mais e mais pessoas possam ser beneficiadas com as ações. Ações essas, que são vistas pelo governador distrital do Rotary Clube, Érico Romero, como humanitárias.
DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
Ano começou positivo
Dois transplantes de rim, sendo um de doador
vivo e outro de doador cadáver, e um de fígado, foram realizados nestes primeiros dias
de 2004. O ano começa positivo também para a Sociedade de Assistência aos Cegos (SAC),
que contará com apoio dos Rotarys Clubes para a construção de um novo hospital em
Fortaleza. A intenção é superar as mil cirurgias realizadas anualmente, chegando, quem
sabe, a quatro mil cirurgias/ano.
Segundo o chefe do Setor de Transplantes do Hospital Geral de
Fortaleza (HGF), médico Ronaldo Esmeraldo, desde 2002 a meta de 50 transplantes de rim
por ano tem sido superada. Foram 70 cirurgias em 2002 e 80 no ano passado. O interessante,
comenta, é que houve uma inversão no perfil de doadores. Antes, era mais
significativo o número de doadores vivos. Em 2003, cresceu o número de doadores
cadáveres. Na soma de esforços, ele destaca o papel da Fundação Edson Queiroz,
através da campanha Doe de Coração.
Até ontem, mais duas pessoas haviam saído da lista de espera
por um rim. Como acontece toda segunda-feira, dia destinado às cirurgias com doadores
vivos, o HGF realizou o primeiro transplante deste ano. Ontem à noite, o hospital
aguardava a chegada de uma mulher do Crato, que receberia o rim de um doador cadáver.
Esses transplantes no início do ano, segundo Ronaldo Esmeraldo, se devem a dois fatores:
acidentes automobilísticos no final do ano, seguido de morte, e maior conscientização.
A comemoração pelos resultados positivos obtidos no ano passado
e uma boa perspectiva para este ano faz parte também da equipe médica do Hospital
Universitário Walter Cantídio (HUWC). Em 2003, 28 pessoas deixaram a fila de espera por
um fígado. Na última segunda-feira, foi realizado o primeiro transplante de 2004 em uma
mulher de 38 anos, há oito meses aguardando um doador compatível com seu grupo
sangüíneo (A). Cearense, ela vinha se tratando em São Paulo.
Para o chefe do Serviço de Transplante de Fígado do HUWC,
médico Huygens Garcia, a imprensa foi fundamental nessa mudança de comportamento da
população. Ele faz um destaque especial para a Fundação Edson Queiroz, que realizou
brilhante campanha sobre doação de órgãos. Um ano antes dessa campanha, lembra o
médico, o HUWC totalizou apenas oito transplantes de fígado. Atualmente, a lista de
espera é de 62 pessoas, agrupadas por tipo sangüíneo.
Quanto ao tempo em que uma pessoa suportaria esperar um
transplante, Huygens Garcia informa que tudo dependerá do estágio da saúde do paciente,
idade e da doença de base. No Ceará, o tempo médio que uma pessoa aguarda na fila por
um transplante de fígado é de oito meses.
Já em São Paulo, a espera pode chegar até três anos, com um
índice de mortalidade equivalente a 50% na fila. O tipo sangüíneo mais comum é A e O,
sendo o menos comum B e AB. A única maneira de não obedecer a ordem da lista é a
incompatibilidade de altura e peso.
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