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Jornal DIÁRIO DO NORDESTE
Domingo - 10-06-2012
Fortaleza - Ceará - Brasil
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DIARINHO
Pequenos Milagres


    Correr, pular, andar, dançar, brincar e conhecer vários lugares legais. Quanta coisa podemos fazer com a ajuda das nossas pernas, não é? Agora, imagine realizar tudo isso sentado numa cadeira de rodas. Triste? Não para a pequena Letícia Coelho, 9.
    Ela sofreu uma lesão na medula que a impede de andar desde que nasceu, mas, apesar das limitações, vai na sua cadeira de rodas para muitos lugares. E o preferido deles é o Projeto Novo Amanhã, coordenado por Edivaldo Prado, onde pratica natação e joga tênis de mesa. Com seu jeitinho meigo de falar, é difícil não se deixar conquistar por ela. Sempre sorrindo, conta o que adora fazer: “Conversar muito”.
    Sua mãe, Leda Carvalho, diz que tenta auxiliar a filha em todos os momentos, mas sem esconder certas verdades. “Quando Letícia completou sete anos, chegou a reclamar por não conseguir fazer o que as outras crianças faziam. Conversei e disse que ela era capaz de muito mais, mesmo sentada numa cadeira de rodas. E, apesar de não poder andar, todos que chegam perto dela são cercados de amor”, compartilha.

Foto do Jornal Diário do Nordeste

 

    Quem também sabe distribuir amor e diversão por onde passa é Juan Pabulo, 9. Ele nunca enxergou as flores, o mar, os animais, nem os brinquedos e as pessoas, mas com a ajuda de sua mente, consegue imaginar toda a beleza que há no mundo. Juan já nasceu sem visão, tendo que aprender a viver com
algumas dificuldades desde criancinha.
    Uma história difícil, mas que ele transforma em uma lição de otimismo e alegria. “Difícil ser cego? Para mim é fácil, eu já me acostumei. Jogo vídeo game e faço tudo direitinho”, conta, com um sorriso no rosto, capaz de tocar o mais duro dos corações. Na escola onde estuda, o Instituto Hélio Góes, ele também tem aulas de música e o seu instrumento favorito é a konga (uma
espécie de tambor).
    Lá, desenvolve habilidades e talentos ao lado de crianças com as mesmas necessidades especiais. Sua mãe, Fabiana Fernandes, afirma que as dificuldades existem e nem sempre o dia a dia de Juan é simples, porém, mesmo assim aprende com o filho a viver de uma maneira mais leve e feliz. “Ele é exemplo para todos”, orgulha-se.
    Crianças são especiais por natureza, e os pequenos que possuem alguma deficiência têm o dom de mostrar que muitos dos nossos problemas e tristezas não são nada diante da força e capacidade que temos de sermos felizes. (Lívia Lopes)

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