Jornal DIÁRIO DO NORDESTE
Domingo - 23-05-1999
Fortaleza - Ceará - Brasil
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Cegueira em crianças
Os temas sobre olho, têm sido os mais
diversos. E porque não falar um pouco, sobre prevenção a cegueira, em crianças? O
número delas somente cresceu, e continua assustadoramente crescendo em nosso meio e no
mundo como um todo. A criança, por si, e só, não tem condições de resolver os
seus problemas. Elas, não têm culpa de terem nascido com alguma deficiência
congênita, ou adquirida nos primeiros anos de vida.
A culpa de um filho ter nascido deficiente é, em grande parte
dos pais, foram eles quem a produziram. A criança, é uma eterna sofredora, quando tem
algum problema nos olhos. As vezes é chamada de desleixada, desatenta, preguiçosa etc.
Estes pequenos pacientes, nos casos de glaucoma congênito já nasceram sentindo dor nos
olhos, e sentiam dor também antes do próprio nascimento, ainda na sua vida intra
uterina. São portanto, pessoas que não sabem o que é, não sentir dor. Os
que já nascem precisando de óculos, jamais irão enxergam bem os objetos que os rodeiam,
portanto, como podemos exigir deles a identificação correta da forma e das cores? E
aqueles que nascem com catarata congênita cujo único tratamento é a cirurgia? Há os
que nascem com retinopatias, principalmente da prematuridade, que necessitam de um
acompanhamento permanente e também os que apresentam polidefiencia. Pois bem, após estas
considerações vou me deter no item; necessidade de óculos na criança. O que o povo
precisa saber e acreditar, é que, a falta de óculos nas crianças cega mais, do que
todas estas patologias juntas. Não existe relação alguma entre idade de uma criança, e
necessidade de usar óculos, ela já nasce precisando da correção e se não corrigirmos
antes dos 4 anos ela vai fatalmente cegar de um dos olhos, e depois passar a sofrer
intensamente do outro olho. Encontramos com freqüência, campanhas de prevenção de
doenças sistêmicas ou contagiosas. Todos nós sabemos, que nossos filhos tem que serem
vacinados contra, doenças própias da infância mas por incrível que pareça, ninguém
se lembra de saber se o seu filho enxerga pelos dois olhos. Em 100% dos casos, são eles
mesmos que descobrem que não enxergam por um dos olhos. Isto geralmente ao chegar a
escola, e em conversa com os seus coleguinhas, quando começam a fazer comparações entre
objetos, ou em algum tipo de brincadeira comum as crianças. A grande maioria apresenta,
coceira nos olhos, lacrimejamento, cefaléia , náuseas, falta de apetite, desatenção na
escola e enfim, um cortejo de sinais e sintomas facílimo de serem identificados pelos
pais, professores ou responsáveis e que, cujo tratamento será somente um par de óculos.
Dr. Waldo Pessoa de Almeida, Oftalmologista e Diretor do Instituto dos Cegos
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