Jornal O ESTADO
Quarta-feira - 07-11-2001
Fortaleza - Ceará - Brasil
Dr. Valdo
OPINIÃO
RAIMUNDO CAVALCANTE
FILHO, Advogado
É bom que sejam mostradas ao
público, com destaque, as pessoas que, no curso da sua vida, outra coisa não fazem
senão a prática do amor ao próximo, notadamente aos carentes de recursos que pelo menos
minorem os seus padecimentos.
Conheço, em Fortaleza, um médico que se dedica, dia e noite, a todos
que lhe pedem ajuda dentro da sua especialidade. Certamente outros profissionais da
medicina andam no mesmo caminho, pois não há de ser só o Dr. Valdo, na direção do
Instituto do Cego, o único a se dedicar, de corpo e alma, àqueles que recorrem aos seus
préstimos.
Dr. Valdo é um profissional do melhor quilate e é, ao lado disso, uma
figura humana de excelsas virtudes.
Sua obra assistencial, na direção do Instituto do Cego, de tão edificante que é, certamente o projetará como um exemplo a ser seguido.
Sua obra assistencial, na direção do Instituto do
Cego, de tão edificante que é, certamente o projetará como um exemplo a ser seguido
pelos que vêm por aí. A instituição que ele dirige é a sua alma e o seu coração à
disposição dos pobres, a quem assiste não só como médico oftalmologista, mas lhes
dando também o necessário conforto afetivo.
Li na imprensa local que o Dr. Valdo está com as vistas voltadas para
a população da Serra do Baturité, onde pretende instalar, na cidade de Pacoti, uma
espécie de filial do Instituto do Cego. Aquela gente precisa, na verdade, da meritória
presença do Instituto do Cego e, segundo li também na imprensa local, dentro de pouco
tempo aquela população serrana estará contando com a assistência do Dr. Valdo. É
incansável esse Dr. Valdo no exercício da medicina assistencial desinteressada de
contraprestação material. Um dia desses o Dr. Valdo esteve na minha casa acompanhado de
um garoto de mais ou menos 10 anos, vindo da cidade de Mossoró, do Estado do Rio Grande
do Norte. O menino estava recuperando a visão, e, se era notório a sua alegria, maior
era a satisfação do seu benfeitor, que sorria o sorriso dos que se contentam apenas com
o bom resultado do seu trabalho. A criança abraçava, beijava e cheirava o Dr. Valdo.
Eram gestos de puro e inocente agradecimento.
Certamente existem - repito - muitos Dr. Valdo, mas, como o conheço,
mando-lhe o meu abraço rogando ao Todo Poderoso que lhe dê tudo do que ele precisa para
continuar no comando, na sua notável luta no campo da assistência social.