Jornal O ESTADO
Quinta-feira - 24-06-2004
Fortaleza - Ceará - Brasil
Sociedade de Assistência aos Cegos - SAC
Por Luiz Câncio |
Tenho a honra de mencionar esta tão conceituada instituição filantrópica que oferece gratuitamente cidadania a pessoas com deficiência visual. A Sociedade de Assistência aos cegos, fundada em 19 de setembro de 1942, é uma sociedade civil sem fins lucrativos, que atua nas áreas de educação, saúde, profissionalização e inserção social da pessoa portadora de cegueira. Inscrita no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas sob o nº 325, em 12/12/1942 a SAC tem Certificado de Filantropia CNSS nº 37.435, de 27/10/1945, sendo uma entidade considerada de Utilidade Pública Estadual e Federal. Com uma abordagem da problemática da cegueira nos aspectos biopsicosociais a SAC promove uma perfeita integração do deficiente visual na sociedade. Através da sua equipe multidisciplinar trabalha na prevenção à cegueira. Na escola, educa e socializa alunos cegos e portadores de visão subnormal. Além da assistência social, no final do processo a instituição profissionaliza e desenvolve a cidadania para o deficiente visual abrindo-lhe as portas do mercado formal de trabalho. A Sociedade de Assistência aos Cegos tem um moderno projeto de autosustentação que não onera nem o governo nem a sociedade. Na Unidade Oftalmológica Ieda Otoch Baquit são realizados exames, consultas e cirurgias, com suporte em equipamentos de última geração. Através da prestação desses serviços de saúde são canalizados todos os recursos necessários para cumprir seus objetivos nas áreas de prevenção, educação, assistência social, saúde e profissionalização do deficiente visual. Parabenizo aos amigos dr. Valdo Pessoa, Josélia Almeida e todo o quadro funcional pela substancial contribuição em prol da causa cega do Estado do Ceará. Dou fé da versatilidade, do compromisso, da dedicação profissional, de todos que fazem a sociedade. Visualizo a referida instituição como modelo, pois reina a solidariedade, a fraternidade e principalmente o amor profissional dispensado para os tantos e tantas crianças comprometidas com o sentido da visão. A perfeição não existe pois perfeito só DEUS. No entanto se pode fazer, se pode criar dentro da nossa realidade, da filantropia brasileira em que o portador de deficiência é visto como coitadinho, não como cidadão de bem, criativo, participativo, versátil, amável, dedicado exclusivamente profundo no ato de gerir, no ato de executar. A política da SAC é uma política inclusiva, jamais exclusiva. No entanto, com normas técnicas capazes de oferecer ao cego condições de buscar a vida de uma forma mais substancial. Tenho a convicção de que modelos como a SAC devem ser seguidos não somente local mas, regional, nacional e internacional.