TERRA DE REIS [SONETO 3180]
A terra é mais natal, no Ceará,
dos cegos, de Aderaldo a Sérgio Sá.
Patrono é Juvenal, com Patativa,
também dos que soletram às escuras:
em casa estão, se a SAC os incentiva.
Saber que cearense era Aderaldo
não basta: a Sociedade, hoje eu escuto,
de nomes abnegados foi o fruto,
desde Hélio ou Arquimedes até Waldo.
Consolo é que a desgraça que me priva
do sono e minhas letras torna impuras
não é, na SAC, assim tão negativa.
À parte cada caso, alguém dirá
que o cego é mais feliz se nasceu lá...
Soneto pentastrófico de
GLAUCO MATTOSO |
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