Sociedade de Assistência aos Cegos - SAC |
Nesta edição, você irá ter a oportunidade de
conhecer um pouco do grande trabalho realizado nas salas de aula, da Escola Instituto de
Cegos Dr. Hélio Góes Ferreira - Fortaleza - Ce. E Hoje, de especial, as salas da tia
Áurea (Alfabetização e 4ª Série) que são recheadas de trabalhos diferentes, de
crianças lindas e inteligentes.
Com carinho,
Aurinete Aguiar de Oliveira
Professora do Instituto de Cegos Dr. Hélio Góes Ferreira
O que mais vale na vida é dar um pouco de felicidade à vida
dos outros.
(Baden Powell)
A Sala da Alfabetização
A sala da alfabetização é composta de sete
crianças e algumas com múltiplos deficiências, como:
- Deficiente visual e física;
- Visão subnormal e Auditiva.
Todo o trabalho é realizado de acordo com a necessidade de cada uma,
como:
1. Caracteres ampliados relacionados com o grau da visão.
2. Braille (regletes e punção), materiais usados para a escrita do
D.V.
3. Língua de Sinais (auditivo).
4. Sistema de som (deficiente visual e físico).
5. Recursos didáticos em relevo e ampliado.
Recadinho!
Oi Leitor!
Meu nome é Francisco Kennedy, sou aluno da
Alfabetização, tenho deficiência auditiva e visão subnormal, mas tudo bem, a minha
inteligência supera tudo; porém sou uma criança linda e muito feliz.
Beijos!
A Sala da 4ª Série
A sala da 4ª série é formada com um grupo de seis
crianças, sendo eles portadores de:
- Visão subnormal e Deficiente Visual (total).
Na nossa sala está acontecendo o projeto de integração (A.V. e
Videntes). E o qual está sendo uma experiência muito gratificante. E assim, com a união
do grupo e a participação de todos a sala funciona com metodologias diferentes, como;
- Regletes e punção (utilizado para a leitura e escrita do Braille)
- Visão Subnormal (com caracteres ampliados).
- Sorobã (aparelho usado na matemática para o D.V.)
- Recursos didáticos ampliados e em relevo.
- Videntes; (leitura e escrita comum).
Além das salas de aulas, as crianças têm atendimentos direcionados
com outros profissionais de acordo com suas necessidades especiais como:
- Sala de Recursos, com a Professora Especializada Elisângela
Magalhães; ressaltando um pouco, e agradecendo o empenho da mesma nas minhas salas.
- Ludoterapia; com a Psicóloga Lisabeth Cléa.
- Fisioterapia com Dra. Raquel Albuquerque.
- Orientação e Mobilidade; Dr. Jean Hipólito.
- Educação Física; Vicente Cristino.
- Fonoaudiologia; Dra. Marcília.
- Estimulação Visual; Prof. Rita.
- Sala de Leitura; Prof. Sandra.
- Dosvox (programa de computação para o Deficiente Visual) Instrutor
Dr. Paulo Roberto Cândido);
É um trabalho belíssimo, feito com muito carinho e profissionalismo,
sem vê-los como coitadinhos, mas como um ser humano igual aos outros, educando e
preparando para que eles cresçam com dignidade, conhecimentos e que possam contribuir
para uma sociedade mais justa e conquistem o seu lugar no espaço.
Ressaltando que; seria impossível este trabalho ser realizado sem a
participação de todos estes profissionais citados anteriormente.
Entretanto o trabalho é feito em conjunto, porém a conquista é de
todos.
Obrigado à todos
Com carinho,
Tia Áurea!
"Espaço Aberto"
- Gosto muito da Estimulação Visual. O trabalho é
bastante interessante, porque estimula e conserva a minha visão.
(Jander Bezerra - 4ª série - V.S.N.)
- A minha sala de aula é super legal, porque além da gente aprender
temos uma professora ótima, competente e que nos entende.
(Jander Bezerra - 4ª série - V.S.N.)
- A Sala de leitura é bastante legal, porque tem muitos livros
interessantes como: Menino Marron, Reinações de Narizinho.
(Carlos Antonio - 4ª série - D.V.)
- O projeto "integração" na minha sala está sendo uma
troca de experiência legal, porque além deles estarem ajudando a gente, ajuda também na
quebra de preconceito.
(Carlos Antonio - 4ª série - D.V.)
- O grupinho da tia Beth (ludoterapia), é muito legal; porque ela
conversa com a gente e faz brincadeiras diferentes e eu me sinto muito bem.
(Vanessa Pedrosa - 4ª série)
- Quando saio da sala da tia Beth, me sinto uma nova pessoa.
(Felipe - 4ª série)
- Gosto da aula de música, porque lá agente aprende a tocar
instrumentos e o tio Marcos fica muito triste quando agente bagunça.
(Carlos Eduardo - 4ª série)
- Gosto muito da Sala de Dosvox, porque eu entrei na Internet e conheci
um pouco da vida pessoal do tio Paulo.
(Carlos Eduardo - 4ª série)
- A Educação Física é muito legal, tem aeróbica, treino com bola e
outros etc. O tio Vicente é muito extrovertido.
(Felipe - 4ª série)
"A viagem da leitura nas terras do faz-de-conta."
A Lenda do Girassol
Contam os livros antigos uma lenda que fala do amor
de uma estrela pelo Sol, a lenda do girassol.
Dizem que existia no céu uma estrelinha tão apaixonada pelo Sol que
era a primeira a aparecer de tardinha, no céu, antes que o Sol se escondesse. E toda vez
que o Sol se punha ela chorava lágrimas de chuva.
A lua falava com a estrelinha que assim não podia ser, que estrela
nasceu para brilhar de noite, para acompanhar a lua pelo céu e que não tinha sentido
este amor tão desmedido!
Mas a estrelinha amava cada raio do Sol como se fosse a única luz da
sua vida, esquecer até a sua própria luzinha. Um dia ela foi falar com o rei dos ventos
para pedir a sua ajuda, pois queria ficar olhando o Sol, sentido o seu calor, eternamente,
por todos os séculos.
O rei dos ventos, cheio de brisas, disse à estrelinha que o seu sonho
era impossível, a não ser que ela abandonasse o céu e fosse morar na Terra, deixando de
ser estrela.
A estrelinha não pensou duas vezes: virou estrela cadente e caiu na
Terra em forma de uma semente.
O rei dos ventos plantou esta sementinha com todo o carinho numa terra
bem macia. E regou as mais lindas chuvas da sua vida.
A sementinha virou planta. Cresceu sempre procurando ficar perto do
Sol. As suas pétalas foram se abrindo, girando devagarinho, seguindo o giro do Sol no
céu. E, assim, ficaram pintados de dourado, da cor do Sol.
É por isso que os girassóis até hoje explodem o seu amor em lindas
pétalas amarelas, inventando verdadeiras estrelas de flores aqui na Terra.
A verdadeira cultura se mostra da maneira de tratarmos os
pequeninos, os fracos, os menosprezados, os humildes.
(J. C. Powys)
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