Jornal TRIBUNA DO CEARÁ
Segunda-feira - 08-08-1994
Fortaleza - Ceará - Brasil
Catarata é combatida em fortaleza
A catarata, doença que se
caracteriza por uma membrana esbranquiçada cobre o cristalino, está sendo com
determinação no Ceará, especialmente nas áreas mais carentes. A afirmação é
do coordenador regional da Campanha Nacional de Reabilitação Visual do Idoso e chefe da
clínica oftalmológica do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), Emílson Barros de Oliveira.
Ele informa que 1% da população sofre de patologia ocular e que 0,8% dos casos podem ser
corrigidos com cirurgias, às quais parte considerável dos habitantes da Grande Fortaleza
não tem acesso.
Uma equipe de 18 médicos oculistas envolvidos na campanha
do Conselho Brasileiro do Oftalmologistas, em nível de Ceará escolheu o Baixo Lagamar
para prestar assistência aos moradores. Foram examinadas 12 mil pessoas. Delas, segundo
Emílson Barros, que juntamente com o oftalmologista Valzenir Rodrigues, coordena a
campanha no Estado, 2%, num total de 240, foram encaminhadas ao HGF no sábado e ontem.
Foram prescritas as receitas e indicado o uso de óculos, que foram doados aos carentes. A
campanha segue adiante com recursos do SUS e a boa vontade da equipe de enfermeiros e
paramédicos do Hospital Geral de Fortaleza.
No Instituto dos Cegos do Ceará, o
combate à catarata tem recebido atenção especial. O seu diretor Francisco Waldo Pessoa
de Almeida garante que todas as pessoas terão a doença e adianta que no Ceará a faixa
etária de pessoas por ela atingida é de 75 anos e nos Estados Unidos é de 55. O
Instituto mantém uma campanha permanente de combate à cegueira, realiza mensalmente
cerca de 300 cirurgias em que os casos de catarata atingem o percentual de 75%, que para
Waldo Pessoa chega ser assustador. Ele aconselha à população a cuidar melhor da vista.
A respeito da campanha que a Universidade Estadual de
Campinas está realizando em todo o País com o objetivo de evitar que milhares de pessoas
fiquem cegas, o médico Emílson Barros, do HGF, considera-a das mais louváveis. No
entanto, afirma que a Unicamp está pegando carona num projeto que já vem sendo
posto em prática no Brasil inteiro pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia.
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