FONOAUDIOLOGIA


A criança que é desprovida da visão não consegue ter um desenvolvimento global de uma criança dita normal. Sem a visão, a criança pode comprometer não só o desenvolvimento motor e cognitivo, como também o desenvolvimento da fala e linguagem. Isto explica-se devido a esta não enxergar, não ter o apoio visual do ponto articulatório do fonema para a fala, gerando assim um distúrbio articulatório. O atraso do desenvolvimento da fala e da linguagem também é notório no deficiente visual, pois, geralmente há uma superproteção dos pais com relação a estas crianças em que muitas vezes falam por elas, gerando assim um atraso do desenvolvimento da linguagem e da fala.

Diante das dificuldades de fala apresentados pelos deficientes visuais, foi implantado o setor de Fonoaudiologia em Fevereiro 1997 na Sociedade de Assistência aos Cegos - SAC na Unidade de Prevenção e Combate à Cegueira Cel. José Bezerra de Arruda.

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Inicialmente é realizado uma entrevista com os pais. Costuma-se iniciar a observação clínica pela queixa, isto é, pelo motivo que determina a vinda da criança ao tratamento. Na anamnese são colhidas algumas informações de dados gestacionais, dados pré e pós-natais, desenvolvimento motor e visual, alimentação, motricidade oral e outros. Posteriormente é feita uma Avaliação Fonoaudiológica. Na triagem é realizado um exame fonético com miniaturas de brinquedos, no qual observa-se como se encontra a fala da criança. É observado também as Funções Neurovegetativas (sucção, mastigação, deglutição e respiração). No Sistema Motor Oral (lábios, língua, bochechas, palato, arcada dentária e mandíbula) observa-se como está o tônus e mobilidade destes.

O trabalho da Fonoaudióloga no setor é basicamente estimular a fala e a linguagem através de atividades lúdicas, estimular as funções neurovegetativas, adequar tônus e trabalhar mobilidade do Sistema Motor Oral através de exercícios orofaciais propostos pela terapeuta, instalação de fonemas omitidos para a fala e também de orientação familiar.

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É importante salientar que o progresso destas crianças não depende só da competência da terapeuta e sim também do incentivo e interesse dos pais com terapia, pois para um tratamento ter evolução é necessário a colaboração de todos, pois a família é a base de tudo !


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